segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Despedida

Eu era muito ligada com meu avô paterno, ele era alcoolatra, mas uma pessoa muito boa, criou 4 filhos, praticamente sozinho, com pouca ajuda da minha avó (não que ela fosse má pessoa, mas isso não vem ao caso)...
Quando meus pais ainda eram casados, nós moramos um tempo na casa do meu vô, junto com ele e minhas tias, quando minha mãe separou do meu pai, ele continuou morando lá e mesmo depois de se casar novamente, ainda ficou por lá, por isso quando eu era pequena e ia visitar meu pai, passava um longo tempo com meu vô o que fez com que nós ficassemos muito ligados, nos domingos quando eu estava lá ele não bebia, muitas vezes ele me levava para passear, me levava até o bar aonde frequentemente bebia e me apresentava para os amigos, me comprava coca-cola e nós andavamos pelas ruas da redondeza cantando...
Tá eu sei que até parece coisa de filme infantil mamão com açúcar, mas essa era nossa relação, claro que nem sempre era perfeita como a vez em que ele chegou bêbado e me viu com baton na boca, ele esfregou com água e sabão até sair tudo(isso que era daqueles 24 hrs. que eram moda na época), mas nós nos amavamos muito...
Então quando eu tinha uns 6 ou 7 anos, eu fui viajar com meus avós maternos, eram férias escolares, portanto eu fiquei um tempão viajando...
Na primeira noite em que eu estava de volta, naquele mesmo quitinete aonde vi meu primeiro fantasma, minha mãe veio conversar comigo, disse que meu vô tava no céu, com Deus, com os anjinhos, não ia mais voltar...esse tipo de coisa que se diz para uma criança, disse que não me avisou antes porque não queria estragar minhas férias, era primeira pessoa próxima de mim que morria, mas nessa época eu já entendia o que era morte.
Lembro que não demosntrei nenhuma reação, eu não tive vontade de chorar, não tive vontade de fazer nada, olhei para ela e disse que estava cansada e ia pro quarto, ela deu meu presente de natal atrasado(uma boneca) e eu me retirei, eu deixei a boneca em cima da minha cama e fui em direção a janela, fiquei ali um tempo olhando os carros passarem ali em baixo, nós moravamos na avenida brás leme em são paulo, uma avenida bem movimentada, e comecei a chorar, o pior de tudo é que como eu fiquei muito tempo viajando eu perdi, o funeral, enterro e até a missa de sétimo dia, eu não tive nem oportunidade para me despedir...
Eu fiquei um tempo parada ali olhando as estrelas e desjando me despedir do meu vô, nesse momento passou uma estrela cadente(eu sei puta coincidencia) e como eu já tinha ouvido falar que se você faz um pedido apontando para elas o desejo acontece, foi isso o que eu fiz.
No próximo fim de semana que eu fui para casa do meu pai, eu fiquei até mal, não era a mesma coisa sem ele por lá, mas o tempo foi passando e todos se acostumaram com a ausência dele, o quarto dele então foi ocupado por uma das minhas tias, a que eu sou mais ligada, que também é minha madrinha, (esqueci de falar que meu avô era meu padrinho), passado um tempo eu e meu irmão mais uma vez fomos passar o fim de semana na casa do meu pai, estavamos todos no andar de baixo minha tia pediu que pegassemos uma coisa no quarto vdela, eu e meu irmão subimos correndo apostando corrida para ver quem chegava primeiro ao quarto que era do meu vô, ao chegar ela nós paramos e qual não foi a nossa surpresa ao olhar para cima da cama e verificar que ali deitado estava o meu avô, ficamos ali parados os dois muito assustados, e o meu vô começou a virar na nossa direção (ele estava de costas quando chegamos), meu irmão saiu correndo e gritou, eu saí correndo atrás dele, tambem gritando, minha tia voltou ao quarto conosco, mas a cama estava vazia e esticadinha, como se ninguem tivesse deitado nela nas ultimas horas..
Meu avô veio se despedir de mim, mas o meu medo me fez sair correndo, hoje me arrependo tanto de ter corrido, como eu queria ter ficado lá e finalmente ter me despedido dele, quem sabe ele não tinha alguma coisa pra me falar!

Sobre a primeira experiência

Depois de postar aqui mandei um e-mail para minha mãe e ela disse que o nome do marinheiro era Artur Cruz de Medeiros e o remedio que ela comprou era Nafazolina ,pesquisei sobre o remédio no google e ele é usado em vários descongestionantes nasais como sorine, alguns anos atras quando estava com problemas respiratórios novamente o médico receitou sorine...
O mais engraçado de tudo é que se era só uma questão de usar sorine, eles não teriam que operar, se bem que a quantidade de nafazolina no sorine e em outros é 0,5%, talvez em maior quantidade como o que eu tomei quando bebê o efeito fosse diferente...

Primeiro fantasma

Dizem que nosso primeiro fantasma nunca esquecemos, pois é o meu eu não esqueci.
Eu tinha entre 4 e 6 anos, não me lembro extamente, minha mãe tinha se casado novamente a pouco tempo e a situação financeira ainda não era das melhores, por isso moravamos em uma quitinete e dormiamos todos no mesmo quarto (mãe, padrasto, irmão mais velho e eu), tinha a cama de casal e o beliche, e eu dormia na cama de baixo, esse apartamento era cheio de coisas esquisitas, todos(menos eu) viam olhos em baixo da pia da sala-cozinha, como se fosse um cachorro ali em baixo, mas não havia corpo, só os olhos que ficavam nos observando...
Como eu era muito nova, as lembranças do que aconteceu não estão muito claras na minha mente, mas vou tentar relatar direitinho o que aconteceu, em uma noite todos já estavam dormindo, quando eu acordei, assim que abri os olhos eu levei um susto e tentei gritar, mas a voz não saía, havia em cima de mim uma mulher, ela flutuava a mais ou menos um palmo e meio de mim e já estava quase chegando até o meu rosto vindo dos pés da cama até a cabeceira onde eu me encontrava, ela era extremante branca e o cabelo loiro muito claro, parecia branco tambem, eu olhei para o lado e vi minha mãe e meu padrasto dormindo na cama deles, ou seja não era um sonho, minha mãe virou na cama, eu tentei gritar de novo, mas a voz novamente não saiu, me virei novamente para a mulher e ela estava mais próxima, então ela começou a estender a mão em direção ao meu rosto, então como todas as crianças costumam fazer eu puxei o cobertor até cobrir toda a minha cabeça e fiquei ali até dormir...
Tudo isso aconteceu em questão de segundos, mas sempre que eu paro pra pensar parece que foram horas..

No dia seguinte me perguntaram se havia sido eu que abrira a porta do quarto na noite anterior (a gente sempre dormia com ela fechada) e eu disse que não e antes que eu contasse o que me aconteceu, o meu irmão que é cerca de 1 ano e meio mais velho que eu falou para minha mãe que tinha visto luzes flutuarem o teto do quarto durante a madrugada.
Até hoje não sei o que aquela mulher queria comigo, mas ela me apavorou demais, alguns anos depois lembrando do que havia acontecido eu cheguei em uma conclusão, aquele não era um espírito ruim, acho que ela só queria me pedir ajuda, ou sei lá dar um aviso, pois por mais que ela tenha me apavorado, ela passou uma energia um tanto quanto positiva, mas vai explicar isso para uma criancinha...aeuhaeuhaeu

Primeira experiência

Já que a finalidade desse blog é contar as coisas sobrenaturais que já aconteceram comigo, vamos começar da primeira, né?
Essa não aconteceu diretamente comigo, mas eu estou envolvida...
Desde que eu nasci eu tenho a saúde muito fraca, por isso eu fui um bebê, digamos, um pouco delicado, quando eu tinha alguns meses de vida eu estava com problemas na respiração, a minha mãe consultou diversos médicos, mas a maioria falou que a única solução seria a cirurgia, como eu era muito nova essa cirurgia era muito arriscada.Minha mãe estava muito preocupada, recorrendo a tudo e a todos para que essa cirurgia não precisasse ser feita, mas parecia não ter outro jeito.
Um dia uma colega de trabalho dela veio falar que tinha uma faxineira da empresa que recebia espíritos e que esses costumavam ajudar as pessoas, minha mãe já não tendo mais a quem recorrer foi falar com a tal mulher e marcou uma "consulta".
Ela foi até lá com minha tia e o marido dela(que na época era namorado), eles ficaram esperando em uma sala e minha mãe entrou, até então ela não havia falado pra mulher o motivo da consulta, a mulher então recebeu um espírito, ele se apresento como um marinheiro que tinha falecido no começo do século e sem que minha mãe falasse nada ele falou:
"Você está aqui por causa da sua filhinha, não é?"
"Não se preocupe ela não vai precisar ser operada, tudo o que ela precisa é tomar (nome do remédio) e em pouco tempo ela já vai estar bem."
Minha mãe ficou impressionada e na volta para casa parou na fármacia que havia na esquina.O farmacêutico amigo da família ao ouvir o nome do remédio deu risada e falou:
"Adriana, você tá louca?Aonde você conseguiu o nome desse remédio?Foi um médico quem receitou?Esse remédio não é mais fabricado, desde o começo do século, mais eu sei a fórmula, pega esse aqui que a fórmula é parecida."

Assim que eu me tornei um pouco "grandinha" minha mãe me contou essa história, até hoje ela sabe tanto o nome do remédio quanto do marinheiro falecido, e o mais incrível da história é que realmente depois de um tempo tomando o remédio eu melhorei.
Não reciso nem dizer que sou grata ao marinheiro, afinal, muitas coisas poderiam ter dado errado na tal cirurgia que graças a ele eu não precisei fazer!